terça-feira, 28 de abril de 2009

Uma situação que deixou a Escola Secundária Carolina Michaëlis com uma enorme mancha negra...


Agressão a professora na sala de aula filmada e reproduzida na Net


Pela primeira vez, no YouTube (site de partilha de vídeos online), no dia seguinte. Sob o título “9ºC em grande!”, as imagens mostram uma aluna da Escola Secundária com 3.º ciclo Carolina Michaelis, no Porto, a agarrar e a puxar o braço da professora de Francês por esta lhe ter tirado o telemóvel.

O episódio foi filmado por um dos estudantes presentes na sala, ouvindo-se repetidamente a aluna em causa a gritar para a professora: “Dá-me o telemóvel já”. Durante minutos os alunos nada fazem e limitam-se a assistir à cena em pé. Ouvem-se risos e alguém comenta: “Isto é demais, ouve lá!”. Ao fim de algum tempo, um grupo de alunos tenta separar as duas pessoas envolvidas. Aumenta a confusão e ouve-se um dos alunos a avisar: “Olha que a velha vai cair”, referindo-se à professora.

Contactada pelo PÚBLICO, a escola escusou-se a responder a qualquer pergunta e informou apenas que tinha sido aberto um “processo de averiguações”. E disse ainda que tinha tomado conhecimento do caso ontem, quando foi avisada de que o vídeo tinha sido colocado na Internet. De acordo com o assessor de imprensa do Ministério da Educação a professora apenas apresentou queixa hoje.

À edição online do "Expresso", António Leite, director-adjunto da Direcção Regional de Educação do Norte disse também só ter tido conhecimento do caso ontem, através de um e-mail enviado por uma cidadã. E que tinha ordenado à escola a abertura de um inquérito.

O vídeo chegou a ser retirado do You Tube mas voltou a estar disponível, desta vez sob o título “Numa escola portuguesa – Vergonha”.

Os números mais recentes sobre a violência na escolas, compilados pelo Observatório da Segurança em Meio Escolar e divulgados no final do ano passado, davam conta de 185 agressões participadas contra professores em 2006/2007. Ou seja, em média, a cada dia que passa há um docente agredido(o ano lectivo tem cerca de 180 dias de aulas).

Os funcionários das escolas estão sujeitos ao mesmo tipo de violência e, de acordo com o mesmo relatório, houve 147 agressões ou tentativas contra o pessoal auxiliar.

Carolina Michaëlis (Metro do Porto)


A estação de Metro do Porto Carolina Michaëlis situa-se nas Escadas Carolina Michaëlis de Vasconcelos, em frente à Escola Secundária Carolina Michaëlis no Porto.


A estação é servida pelas linhas: A,B,C e E.


A estação encontra-se inserida numa escadaria entre a Rua de Oliveira Monteiro e a Rua da Infanta Dona Maria.


A estação serve principalmente a zona de Cedofeita, a zona este da Boavista e a zona da Ramada Alta, sendo usada principalmente por poupalação estudantil que acede às escolas ali existentes, duas delas (Carolina Michaëlis e Rodrigues de Freitas) encontrando-se num raio de 400 metros.


A estação encontra-se muito perto do Hospital Maria Pia e do Hospital Militar do Porto, sendo também relativamentre próxima da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

Escola Secundária Carolina Michaëlis

A Escola Secundária de Carolina Michaëlis



É uma escola do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário na cidade do Porto, em Portugal.



Em 1915 abriu as suas portas na Rua de Cedofeita o Liceu Carolina Michaëlis, exclusivo para o sexo feminino. Em 1921, com o nome Liceu Central Feminino de Sampaio Bruno, mudou-se para a Praça do Coronel Pacheco e daí, em 1926, para a Rua de São Bento da Vitória.



Com o Estado Novo foi construído o actual edifício, situado na Rua da Infanta D. Maria. Após o 25 de Abril de 1974, a palavra Liceu foi substituída por Escola Secundária que, a partir de 1979, deixou de estar exclusivamente reservada a alunas, passando a ser mista.



O nome da escola homenageia a filóloga Carolina Michaëlis (1851-1925) e é servida pela estação do Metro do Porto Carolina Michaëlis.



As suas Obras


  • Poesias de Sá de Miranda, 1885

  • História da Literatura Portuguesa, 1897

  • A Infanta D. Maria de Portugal e as suas Damas (1521-1577), 1902

  • Cancioneiro da Ajuda (2 volumes), 1904

  • Dicionário Etimológico das Línguas Hispânicas

  • Estudos sobre o Romanceiro Peninsular: Romances Velhos em Portugal

  • As Cem Melhores Poesias Líricas da Língua Portuguesa, 1914

  • A Saudade Portuguesa, 1914

  • Notas Vicentinas: Preliminares de uma Edição Crítica das Obras de Gil Vicente, 1920-1922

  • Autos Portugueses de Gil Vicente y dela Escuela Vicentina, 1922

  • Mil Provérbios Portugueses

Carolina Michaëlis


Carolina Wilhelma Michaëlis de Vasconcelos



(Berlim, 15 de Março de 1851 — Porto, 22 de Outubro de 1925) foi a mais célebre filóloga da língua portuguesa. Ela foi crítica literária, escritora, lexicógrafa, investigadora e a primeira mulher a leccionar numa universidade portuguesa, na Universidade de Coimbra. Ela tem grande importância como mediadora entre a cultura portuguesa e a cultura alemã.


Nascida em Berlim na Alemanha, ela era portuguesa por casamento e por devoção. Em 1876 ela se casaria com Joaquim António da Fonseca Vasconcelos, musicólogo e historiador de arte.


O trabalho de investigação de Carolina Michaëlis levou-a a corresponder com inúmeros nomes grandes da cultura, por exemplo como os portugueses Eugénio de Castro, Antero de Quental, João de Deus de Nogueira Ramos, Henrique Lopes de Mendonça, José Leite de Vasconcelos, o Conde de Sabugosa, Teófilo Braga, Trindade Coelho, Anselmo Braamcamp Freire, Sousa Viterbo, Alexandre Herculano, os médicos e escritores António Egas Moniz e Ricardo Jorge, os espanhóis Menéndez y Pelayo e Menéndez Pidal, sem falar das personalidades francesas, inglesas e alemãs.